TODAS AS CADEIRAS VÃO DAR AO CASTELO
Descrição do Projeto
TODAS AS CADEIRAS VÃO DAR AO CASTELO
Lisboa tem falta de lugares para estar. Lisboa tem falta de árvores que ajudem a passar os longos estios, que melhorem o ar e que quebrem o pétreo contínuo das fachadas. Lisboa não é fácil de perceber.
A proposta vai ao encontro destas questões práticas que sentimos enquanto habitantes ou turistas, especialmente na colina do castelo. A subida íngreme, o sol extenuante e a contínua desorientação de quem se encontra perto do castelo mas longe da sua única entrada, dão o mote para a criação de uma sucessão de espaços de estadia intermédios. Estes espaços, verdadeiras salas de estar ao ar livre, funcionariam simultaneamente como um sistema informal de sinalização do caminho para o Castelo, através das cadeiras, como plataformas de apresentação da cultura portuguesa e como um motores de regeneração urbana, quer física quer social.
O pontuado gerado pelo TODAS AS CADEIRAS VÃO DAR AO CASTELO? levará ao Castelo a partir de diversos pontos de partida no sopé da sua colina, como a Baixa, o Martim Moniz, o Museu do Fado e e Santa Apolónia / terminal de cruzeiros, e através dos diferentes bairros históricos como Alfama, Mouraria e Castelo. Cada sala poderá enfatizar um diferente aspecto da zona, valorizar o património circundante e revelar uma nova perspectiva de como criar e contemplar arte no espaço público.
Sendo a colina do Castelo já naturalmente rica em pequenos espaços abertos mas actualmente subaproveitados propomos apenas resgatá los e torná los lugares apetecíveis, pontos de estadia que promovam a socialização e o prazer de estar na rua. O ponto de partida será então o delinear da estratégia para a escolha dos diversos espaços no caminho do Castelo com potêncial para serem lugares marcados pelas cadeiras.
Dois tipos de intervenção:
Superficial, em pequenos espaços com potencial para estadia que necessitam apenas alguns destes trabalhos para se tornarem atractivos: limpeza, instalação de mobiliário de estadia, arranjo mínimo de fachadas e muros envolventes, bebedouros, etc.
Profunda, em áreas maiores e com grande potêncial para serem espaços agregadores mas cuja apropriação necessita trabalhos de maior monta: remoção de estacionamento automóvel, repavimentação, plantação de árvores, instalação de mobiliário de estadia, bebedouros, iluminação, papeleiras, arranjo de fachadas e muros envolventes,etc.
Este sistema de espaços guia poderá posteriormente ser incorporado nos mapas turísticos sinalizando os como "alpondras" verdes que levam até ao Castelo.
Local
Lisboa
Projeto redigido com base nas propostas: