Propostas

#536
Estrela
Economia e Inovação
João Nunes Coelho
20/08/23

Pólo Criativo

Descrição

Enquadramento Lisboa é uma cidade especial. Por toda a sua tradição e herança histórica, tão do agrado de quem a visita, mas também pela forma como tem sabido evoluir, tornando-se numa cidade cosmopolita e moderna, sem comprometer o seu carácter único, que a torna diferente das outras cidades europeias. Nessa lógica de evolução, acreditamos que a afirmação definitiva de Lisboa como cidade moderna e criativa estará no encontro entre a tradição e o desenvolvimento de projectos inovadores, que contribuam para uma mudança de mentalidades gradual, porém, efectiva. É neste particular que se posiciona a nossa proposta. Pólo Criativo Na linha do espírito positivo que gostamos de ver associado a Lisboa, sugerimos a criação de um pólo de escritórios criativo e completamente diferente de toda a oferta de que a cidade dispõe. Será um projecto que, por um lado, promova a reabilitação de uma zona mais esquecida da cidade, e por outro, ajude a trazer e a manter em Lisboa algumas das mentes mais criativas da região. O crescimento das indústrias criativas e a necessidade destas se fixarem dentro da cidade, mostra-nos que há mercado para conceitos diferentes. Neste caso, a ideia será criar um centro empresarial diferenciador, que possa funcionar como um elemento acelerador da criatividade na cidade. O conceito Com um conceito associado ao universo dos terminais de transportes (porto), barcos e contentores de carga, pretende-se fazer a associação entre as já referidas indústrias criativas e as vantagens que estas podem ?trazer? ao tecido empresarial. À semelhança do que já acontece noutras grandes cidades, o objectivo é bipartido: para além da requalificação da zona escolhida para a sua implantação, dando-lhe uma espécie de segunda vida, pretende-se juntar massa crítica, estimulando a criatividade e agregando empresas que possam beneficiar dessa proximidade. Trata-se de um projecto de cariz marcadamente criativo, não só pelas suas características, mas também pelo público a quem se dirige. Pretende-se que estes contentores sirvam de escritório ou atelier a empresas da ?indústria das ideias?, desde a publicidade e design, à joalharia, estilismo, arquitectura, fotografia, artes, etc. Nesta espécie de ?ilha? criativa haverá também lugar para um espaço modular, onde poderão decorrer eventos, exposições e vários tipos de intervenções artísticas. Importante: mais do que pólo de escritórios, acabará também por funcionar como mais um ponto de interesse da cidade, já que a sua divulgação, dentro e fora do país, irá ajudar a dar uma nova visibilidade e estatuto à cidade e, particularmente, à zona onde estará inserido. Também por isso, é importante que o todo o espaço esteja aberto ao público, que poderá entrar e visitar sem, contudo, prejudicar o seu normal funcionamento. O espaço Acreditamos que este será um conceito com potencial e características para crescer em muitas zonas da cidade. A localização que aqui propomos é, por isso, apenas uma de muitas possíveis. E neste caso é mesmo bastante possível, já que sabemos tratar-se de um equipamento do Porto de Lisboa, com cerca de 6.000m2 que estão devolutos. Ainda assim, tratando-se do espaço ideal para o que se pretende, não será, com certeza, o único em Lisboa. Com uma localização privilegiada ? entre a zona de Santos e o rio, a poucos metros da estação de comboios ? este armazém tem também a dimensão ideal para receber um pólo de escritórios construído com recurso a contentores de transporte marítimo, já que permite dispor os mesmos no seu interior. Porquê contentores? Para além da ligação ao conceito, têm um carácter modular muito útil e interessante, já que permitem a utilização em altura, para além de poderem ser utilizados em diferente número, dependendo da dimensão das empresas que ali pretendam instalar-se. Nos exemplos em anexo podem ver-se algumas utilizações deste tipo de equipamento, com resultados bastante diferentes e todos eles muito apelativos. O espaço que aqui propomos tem, para além da área coberta, uma imensa área exterior disponível que poderá/deverá ser capitalizada. Sugerimos que grande parte da mesma seja utilizada como estacionamento, com a reserva da restante para um núcleo exterior de contentores que possam ser dados à exploração no ramo da restauração, com esplanadas, por exemplo. Será uma forma de dar apoio ao núcleo de escritórios, mas também de abrir o mesmo ao exterior, possibilitando a utilização por parte de terceiros. Exploração comercial Tratando-se de um espaço que a CML irá disponibilizar a start-ups e demais empresas da cidade, ou que aqui se pretendam instalar, sugere-se a criação de uma empresa ou gabinete que faça a exploração comercial do mesmo. Cada módulo terá uma renda e cada empresa pode ocupar diferente número de módulo, consoante a sua dimensão. Sugerimos que seja estabelecido um número máximo de módulos a atribuir a cada empresa, já que este será um projecto essencialmente para empresas pequenas. Dada a ausência deste tipo de projectos em Lisboa, acreditamos que o investimento a realizar pode ser amortizado com relativa facilidade, dada a crescente procura de espaços em Lisboa, por parte das empresas da indústria criativa. Veja-se o exemplo do LX Factory, que é um verdadeiro sucesso. Características principais - Conceito com associação ao porto, mar, transportes e contentores - Forte ligação às artes e indústria das ideias - Espaço aberto ao exterior - Oferta: o Espaço de escritórios o Espaço de lazer/lúdico o Espaço de restauração/apoio/esplanada o Espaço multifuncional disponível para acolher conferências, apresentações de produtos, conversas e debates criativos, exposições, etc.

Local

Santos (zona ribeirinha)

Resultado da Avaliação Técnica

Proposta Aprovada

A proposta uma vez aceite, deu origem ao projeto que apresentamos abaixo. Quaisquer mudanças em relação à proposta original foram trabalhadas junto do preponente e com as entidades competentes.

OP 2011 #40
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Economia e Inovação