UP LX
Descrição
Os principais objectivos do projecto são, a produção e promoção cultural e das artes e concretizar um paradigma de intervenção no âmbito da economia criativa que seja pioneiro em Lisboa e Portugal.
A escolha específica do território de Santos resulta também da análise e observação de aspectos de carácter social e urbano do lado da cidade, nomeadamente o crescente desenvolvimento do cluster denominado "Santos Design District" que oferece aos lisboetas uma variedade de serviços como escolas, lojas, restaurantes e ateliers relacionados com a indústria criativa do design e a concretização, no futuro, do Plano de Pormenor da Boavista da CML, da autoria do arquitecto Norman Foster. O UP LX surge, assim, como um reforço qualitativo na construção deste recente e inovador tecido urbano que emerge na cidade.
A acção do UP LX não se deverá esgotar nesta intervenção em particular, mas antes ser o sedimento inicial da constituição de uma entidade, cujo modelo poderá ser o de uma Associação. Pretendese que esta entidade reforce a identidade da CML enquanto produtora de cultura e geradora de uma oferta adequada não só aos habitantes da sua área de intervenção, mas também aos portugueses em geral e aos milhares de visitantes estrangeiros que Lisboa acolhe diariamente
2. O PROJECTO
Proposta de localização na zona Portuária de santos
2.1. CARACTERIZAÇÃO
O UP LX procura responder à potencialidade inerente a este território portuário desactivado propondose criar um projecto cultural dinamizador do local, num espírito de intercâmbio e de partilha de serviços que possa servir e interagir com a população através da fruição da criação contemporânea nos diversos domínios das artes.
Esta unidade de promoção e produção artística será responsável pela organização do espaço, assumindo o papel de agente dinamizador, regulador e requalificador da área compreendida entre Santos e o Cais do Sodré.
O UP LX pretende funcionar como uma base cultural, de acolhimento de públicos, de criação de novas conexões com a comunidade local e a cidade de Lisboa e de parcerias com outras entidades culturais nacionais e internacionais. Para tanto, o UP LX coloca à disposição dos artistas e produtores de diferentes áreas artísticas, espaços e meios indispensáveis ao desenvolvimento dos trabalhos, procurando relacionar artistas, produtores, escolas, instituições e empresas.
Com esta estrutura organizacional pretendese favorecer a partilha de media de produção, a inserção e acompanhamento de projectos artísticos bem como a difusão e a acção territorial em favor da descoberta de novos criadores. Assim, promovese a efervescência artística da qual poderão emergir projectos de jovens criadores pouco conhecidos bem como projectos de artistas internacionalmente reconhecidos.
Através duma forte ligação à comunidade, o UP LX deverá promover projectos para séniores, jovens e crianças e projectos intergeracionais, inspirandose no conceito de Creative Community. O UP LX considera que as artes e a criatividade são centrais ao desenvolvimento humano e elementos essenciais para construir comunidades sustentáveis. Para o desenvolvimento das economias das sociedades actuais a criatividade e a capacidade de manejar sistemas simbólicos diversos, muitas vezes entrecruzandoos, tem sido uma das grandes forças motrizes.
2.2. EIXOS PROGRAMÁTICOS DE ACÇÃO
O UP LX pretende activar este território como um laboratório vivo de criação pluriartística contemporânea, em movimento permanente e ocupação progressiva, em função da criação de espaços vivos, flexíveis e abertos assentes numa dinâmica de interdependência veiculada sobre cinco eixos fundamentais:
CRIAÇÃO PRODUÇÃO FORMAÇÃO INVESTIGAÇÃO EXPERIMENTAÇÃO
1) CRIAÇÃO
O eixo de criação, relacionado com a locação de artistas no espaço, prendese com a possibilidade de enraizar uma dinâmica gerada da reunião e potenciação de talentos criativos e competências plurais num mesmo espaço. Consequentemente, visase a constituição de uma identidade particular, resultante da especificidade do projecto e das condições de criação, facultadas pela coexistência disciplinar e pela pluralidade dos cruzamentos/intercâmbios. Pretendese, de igual modo, a valorização e enfoque na emergência de novos talentos, num processo evolutivo de criação e de intervenção in situ, pautado por um inevitável dinamismo.
2) PRODUÇÃO
O eixo de produção prendese com a gestão e potenciação de projectos de grande projecção, de natureza bienal ou trienal, centrados em temáticas nodais da cultura contemporânea, servindo para a exposição e comunicação da actividade desenvolvida no eixo de criação, bem como para estabelecer uma plataforma de conexão internacional. Visa assim a divulgação e projecção de novas actividades artísticas, potencializando múltiplas sinergias. A coordenação destes eventos relacionará artistas residentes e intervenientes exteriores convidados a participar.
3) FORMAÇÃO
O eixo de formação, activado pontualmente, centraliza, a par do eixo de produção, a dimensão pública e de maior projecção do UP LX Instituise como uma plataforma de reflexão, investigação e formação onde se congregam artistas residentes, escolas e serviços educativos, responsáveis pela definição de uma programação continuada e diversa, visando públicos distintos, através de uma programação temática de conferências, workshops, seminários e debates, visitas guiadas aos ateliers dos artistas residentes e estágios no âmbito do eixo de produção.
4) INVESTIGAÇÃO
Aspecto fundamental de qualquer ninho de criação de empresas, o eixo de investigação tem por objectivo fomentar o cruzamento interdisciplinar, a abertura a novos territórios conceptuais e a consequente redefinição das linguagens artísticas. Neste eixo, intimamente relacionado com o eixo experimentação, o UP LX assume a gestão de programas de investigação versando sobre temáticas culturais, técnicas, éticas ou políticas actuais, articulandoas com o eixo de criação e de formação.
5) EXPERIMENTAÇÃO
O eixo de experimentação centraliza os demais quatro eixos, veiculando a natureza essencial do Up LX ? uma unidade de produção versada sobre a problematização e redefinição da cultura contemporânea. Nesse sentido, tem por objectivo criar condições para a cartografia e territorialização de novas expressões da criação artística, nomeadamente no domínio das suas interfaces entre as diversas áreas artísticas, e destas com o domínio científico e tecnológico.
2.3. ACÇÃO
A acção a desenvolver compreende, nessa medida, um conjunto alargado de domínios de intervenção, inerentes ao funcionamento e eixos programáticos propostos, numa lógica de estreita colaboração e articulação com diversos agentes, locais, nacionais e internacionais.
Coordenação geral
? Definição estratégica;
? Elaboração e execução dos planos de actividades;
? Elaboração dos relatórios de actividades;
Programação e produção
? Apoio geral às actividades no recinto
? Organização de iniciativas, como eventos bienais ou trienais;
? Acolhimento de produções externas;
? Acolhimento de produções residentes;
? Coproduções nacionais e internacionais;
? Selecção das propostas de ocupação/uso do espaço;
Estabelecimento de parcerias e protocolos
? Com entidades locais e regionais;
? Com escolas e universidades;
? Com empresas e indústria;
? Com entidades similares internacionais;
Comunicação
? Dirigida ao público interno;
? Dirigida aos diversos públicos externos;
Gestão financeira
? Montagem financeira;
? Gestão de patrocínios e apoios;
? Gestão corrente;