Iluminação pública mais estética e acolhedora

Descrição

Cada vez mais a CML põe nos candeeiros de rua lâmpadas de luz branca em vez da tradicional de tons amarelos, o que resulta numa iluminação fria, horrorosa, tipo luz branca de casa-de-banho mas no espaço público. É uma questão que por ser imaterial talvez esteja a passar um pouco despercebida, e que para muita gente necessita até de alguma argumentação para ser valorizada, mas que urge pela desfiguração que está a provocar nas nossas ruas, praças e jardins. A iluminação pública da cidade perde muito se for vista só da mera perspectiva funcional de dar luz para as pessoas verem à noite. Não deve ser uma luz qualquer, pode valorizar um espaço, criar um ambiente. Um bom arquitecto sabe que uma casa é mais do que um sítio funcional onde dormir, comer ou abrigar-se e cria casas com estética, inteligência, sensibilidade. Um bom designer sabe que um copo ou uma cadeira são mais do que objectos para simplesmente beber ou sentar e procura fazer objectos que também sejam bonitos e interessantes. Nessa mesma lógica, uma iluminação cuidada pode tornar um espaço mais bonito, como se vê por exemplo na iluminação de uma exposição de arte. E se há todo um cuidado estético na cor com que se pinta um quadro ou as fachadas dos prédios (há até leis sobre isso), porque não ter esse mesmo cuidado na cor com que à noite iluminamos não só as fachadas, mas toda a rua? A iluminação pública preenche o espaço público onde circulamos todos os dias e portanto faz parte da nossa vida quotidiana. É obviamente melhor para todos se essa for uma luz mais bonita, que nos faça sentir melhor. Ora se Lisboa, que vive muito do turismo, já é mundialmente conhecida pela beleza da sua luz do dia, porquê depois ter uma iluminação feia à noite? Foi o que aconteceu na Bica, em quase todos os jardins, numa parte da Av. da Liberdade ou, o pior: no Rossio (onde até o Teatro Nacional D. Maria perdeu a delicada iluminação pontual e amarela que tinha e agora apontaram-lhe uns focos brancos como há nas obras, a encandear quem passa e a iluminar o edifício de forma homogénea, fria e boçal). Resumindo, proponho a substituição das lâmpadas de luz branca por lâmpadas de luz amarela, mais quente, mais acolhedora, mais bonita e - ao lembrar os tons da luz da chama - é até mais poética. Se a justificação para manter as lâmpadas brancas de LED for o serem mais economizadoras e ecológicas (o que me parece bem), que se ponham outras lâmpadas amarelas também economizadoras e ecológicas. Podem até ser de também LED, desde que sejam amarelas, quentes.

Local

Toda a cidade (prioridade para o Rossio)

Resultado da Avaliação Técnica

Proposta Rejeitada