Acesso fácil a Monsanto às famílias e turistas
Descrição
Um teleférico a ligar, como primeiro troço, a Praça de Sete–Rios (desejavelmente perto de saída do Metropolitano), ao Parque Recreativo do Alto da Serafina e, como segundo troço, deste Parque até ao Restaurante Panorâmico.
Um teleférico a ligar, como primeiro troço, a Praça de Sete–Rios (desejavelmente perto de saída do Metropolitano), ao Parque Recreativo do Alto da Serafina e, como segundo troço, deste Parque até ao Restaurante Panorâmico.
Creio que por esta via o afluxo de pessoas ao pulmão desta cidade passaria a ser efetuado, em medida significativa, por transporte de forma limpa de CO2, facultando, no entanto, o arrumo das viaturas a quem as trouxesse num parque amplo (Sete-Rios) e permitindo ainda que as pessoas de Lisboa ou os seus visitantes ou moradores da outra banda que não tenham ou não desejem vir de carro, possam ir todas as vezes que quiserem e de forma fácil ao Parque de Monsanto, apenas necessitando para tal o terem de apanhar um autocarro, um metro ou até o comboio até Sete-Rios e daí, eventualmente com o mesmo passe – haveria de ser celebrado convénio com as transportadoras – seguir por teleférico seja para o ponto máximo de altitude (mirador do Restaurante) ou ficarem apenas pela zona do Parque recreativo.
Impactos ambiental, emprego e segurança
Seria uma obra com pequeno impacto ambiental, salvo na construção e nos pontos de localização dos postes e no consumo de energia. Nada impediria que a Universidade colaborasse com o estudo de associação de painéis solares ou minis eólicas a esta obra, aproveitando os próprios postes de suporte dos cabos, para a servir de suporte aos mesmo e diminuindo a energia a consumir.
Quer na construção, quer na manutenção, haverá inputs de contratação de mão de obra, seja qualificada, seja menos qualificada. Desde Engenheiros até profissionais da limpeza, haveria necessidade de contratação e de natureza diversificada em termos de competências e habilitações.
Os postes do teleférico e ele próprio como ponto para instalação de câmaras de observação, bem como o pessoal de manutenção a este associado corresponderão também oportunidades de vigilância quer preventiva de incêndios florestais, quer de criminalidade.
Desafio de inovação tecnológica à Universidade de Lisboa e à indústria nacional
Pelo exposto no ponto anterior, à nossa Universidade de Lisboa (ou às de todo o País)seria lançado um repto através de um concurso de ideias para obter propostas de soluções tecnologicamente limpas e de manutenção periódica fácil e desejavelmente acessível em termos de custos.
Propunha um concurso com prémios pecuniários suficientemente aliciantes para os 3 melhores classificados e com um prazo suficientemente alargado a partir do anúncio, para permitir pesquisa e apresentação de protótipos pelas Universidades e até empresas,no pressuposto de que haveriam de se interessar por apresentar soluções próprias ou, pelo menos, modificações das de terceiros que igualmente tenham feito curso noutros pontos de Portugal ou do estrangeiro e que autorizem estas adaptações inovadoras.
A eventualidade de o projeto poder ser proposto em termos de execução por fases de percurso, seria ponderado com cotação acrescida. Admito que um teleférico possa ser construído em dois momentos: Sete-Rios – Parque Recreativo e só depois, Parque Recreativo-Restaurante.
Acrescentaria, numa perspetiva de interesse pelo incentivo da inovação, que se instituísse um prémio de mérito autónomo dos outros 3 para distinguir a proposta de uma inovação extraordinária, ainda que pela situação em concreto a proposta se revelar inconveniente para a atribuição de qualquer dos outros 3 prémios, seja pelo exagero da proposta em termos de estimativa de preço pela sua execução, seja pela magnitude excessiva do projeto atento o requerido pela Cidade de Lisboa ou até por insuficiência de suporte tecnológico disponível para assegurar ou a sua construção ou da ulterior manutenção não poder ser garantida de forma fácil ou em termos de custo acessíveis).
O seu júri, por exemplo, poderia conter elementos reputados do IST e do LNEC, prestando homenagem ao seu saber e localização de ambas as instituições em Lisboa, e outras entidades ou técnicos associadas ao estudo de elevadores, como o antigo Instituto de Soldadura e Qualidade e ainda outros elementos relevantes, como técnicos de teleféricos nacionais e de duas ou três estações de ski com teleféricos Europa, EUA e Brasil.
Obviamente que caso algum dos membros do Júri fossem de entidade que também apresentasse ideias e protótipos, teriam de abster-se na sua votação, ainda que pudessem apresentar a sua avaliação técnica das candidaturas, sem proposta de ordenação.
Por sua vez, consolidado o projeto com escolha de tecnologia e de equipamento, desejavelmente que tivesse tido em conta a realidade nacional em termos de indústria, seria lançado o ou os concursos em separado para a construção do equipamento e a empreitada para a instalação no terreno.
Seria desejável que à indústria fosse lançado o repto com peças do concurso suficientemente bem elaboradas para que erros e omissões, bem como trabalhos a mais e a menos, não tivessem lugar ou só o tivessem em termos muito minimizados.
Para tanto, seria recomendável que a fase de elaboração do caderno de encargos e peças técnicas (quer do equipamento, quer da empreitada para a sua instalação) tivesse a ajuda de reputados técnicos e juristas, com experiência em contratação pública e o seu contencioso.
A Universidade (IST, LNEC e as Universidades de Direito de Lisboa e a Administração Central poderiam ser sondadas sobre se teriam alguma disponibilidade em colaborar neste aspeto, sendo a contribuição de trabalho pro bono a solução desejável, evidentemente.
Desejavelmente também seria que os postes, cabos e as cabinas viessem a ser maioritariamente objeto de fabrico ou de montagem por empresas e sediadas em Lisboa ou pelo menos em território nacional. O valor do mesmo, porém, certamente obrigará a concurso público internacional, face ao Código de Contratos Públicos e ordenamento comunitário aplicável e vigente ao tempo.
Assim, quando se lançar o concurso público para o fabrico do equipamento e o da empreitada da sua instalação também, é imperativo e do maior interesse que se demore o tempo necessário (e nunca será mal empregue todo o tempo e saber que se investir nessa fase) se acautele que o caderno de encargos e, por último, os critérios para a adjudicação, atendam às regras de transparência e concorrência em sede de contratação pública, para evitar ulteriores momentos de suspensão do processo para apreciação de recursos contenciosos intermináveis e que deixem passar a oportunidade de construção em tempo de custos baixos e de crise económica e social em que estamos, em tudo favoráveis e socialmente justificáveis a abraçar este desiderato.
O custo da obra e manutenção:
Creio que o investimento da aquisição dos equipamentos e construção de estrutura para o funcionamento será passível de ser recuperado por via de cobrança de um bilhete, ainda que modesto, caso seja obra venha a ser concessionada ou ainda que não.
Outra solução, seria a de o acesso ser através de exibição simples de bilhete ou passe social para transportes públicos de Lisboa, por no preço destes ocorresse já uma incorporação de uma pequena sobretaxa, derrama, o quer que fosse, pagando assim todos os que o que comprem um bilhete ou passe, considerando que é um preço a suportar porque que todos usufruem dos seus equipamentos que estão disponíveis.
Mesmo para os que não sejam ou sejam residentes em Lisboa, seria, na minha modesta opinião, um justíssimo pedido de contributo para a Cidade que lhes garante emprego, lar, se for o caso, e ainda acesso às maiores comodidades e benefícios culturais, desportivas e até administrativas, mas em primeiríssimo lugar, um esforço para manter limpo de carros o pulmão da cidade.
Outra solução, caso não houvesse concessão de construção e exploração, seria uma derrama a cobrar pela CML nas portagens que dão entrada em Lisboa para a compensar do investimento na construção do Teleférico.
Local
Sete-rios e Monsanto