Propostas

#13
Lumiar, Santa Clara

Aproveitamento da atual linha de Metro – estações Lumiar e Ameixoeira – para valorização urbanística da Alta de Lisboa

Descrição

Estudos de planeamento urbano afirmam que a expansão da linha do metro traz vantagens económicas e ambientais para as regiões por ela afetadas. De facto, a facilidade de acesso ao metro leva a uma valorização imobiliária da malha urbana adjacente, promovendo ainda o aparecimento de novos negócios e serviços. Traz ainda vantagens ambientais, uma vez que promove a utilização de transportes públicos, em detrimento do automóvel, o que contribui para a redução dos níveis de poluição atmosférica, e também sonora. Promove ainda, em última instância, melhores hábitos de saúde e cidadania, e ainda uma aproximação dos cidadãos ao bairro onde estão inseridos. Sendo a Alta de Lisboa um bairro em expansão, que se encontra atualmente travada ou mesmo bloqueada dada a grave crise económica que atravessamos, todos os esforços deverão ser iniciados para que se possa promover o seu desenvolvimento, que se pretende sustentável. Cabe a nós, cidadãos da Alta de Lisboa e também da cidade de Lisboa, incentivarmos o desenvolvimento sustentável do bairro de que nos orgulhamos pelo seu enorme potencial. A Alta de Lisboa é um bairro que promove a equidade e justiça social, desenhado de raíz, e que se pretende ao encontro das melhores práticas de planeamento urbano, merecendo integrar-se na cidade que o rodeia. Tem-se ouvido ao longo dos anos a possibilidade de se construir uma estação de metro na Alta de Lisboa. A proposta descrita neste documento pretende ser uma alternativa economicamente mais em conta (uma vez que não implica a construção de uma nova linha de metro), mantendo simultaneamente a eficácia da ideia original (pois abrange duas áreas com elevada densidade populacional da Alta de Lisboa). Contudo, esta proposta não pretende abolir outras soluções de mobilidade já pensadas para a Alta. O objetivo final desta ideia passa pela criação de uma proposta concreta para a próxima edição do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Lisboa (http://www.lisboaparticipa.pt). A ideia: Estudos de urbanismo afirmam que mais do que a distância em si, é a perceção da distância o fator mais importante, quando se opta pela utilização, ou não, de um transporte público, nomeadamente o metropolitano. Dando um exemplo muito concreto na cidade de Lisboa, a estação de metro de Entrecampos tem saídas para a rua que distam entre si em pouco menos de 500 metros: há uma saída em frente às instalações da Câmara Municipal de Lisboa (no início do jardim do Campo Grande, junto à rotunda de Entrecampos – ponto A), e outra na estação de comboios de Entrecampos (ponto B) (ver Figura 1 no documento pdf em anexo). Essa distância pode ser inteiramente percorrida de forma subterrânea. Adicionalmente, existem tapetes rolantes nesse trajeto subterrâneo que minimizam o tempo de deslocação entre o pontos A e B. De facto, qualquer pessoa que circule na linha amarela do Metropolitano de Lisboa e que pretenda, por exemplo, apanhar o comboio em Entrecampos, aceitará facilmente percorrer esta distância, não pondo em causa a mesma. Será que se houvesse apenas uma saída no ponto A, essas mesmas pessoas estariam disponíveis a percorrer o mesmo percurso na rua? Ou optariam por outras soluções, nomeadamente o automóvel? De facto, a perceção da distância, e a comodidade em efetuar maiores distâncias (nomeadamente no Inverno), são fatores importantes para que as pessoas as percorram. Assim, é com base nessa premissa que proponho soluções semelhantes para a Alta de Lisboa: a utilização das atuais estações de metro do Lumiar e da Ameixoeira poderão ser mais utilizadas pelos habitantes do bairro, se se construírem túneis pedonais de acesso, com tapetes rolantes, em pontos estratégicos do bairro. A segurança desses túneis pedonais poderia ser maximizada através da colocação de cancelas de entrada no início dos túneis, junto à entrada para a rua (os passageiros entrariam posteriormente diretamente na zona de acesso à plataforma do metro), bem como através da existência de alguns serviços (lojas, cafés,...), e ainda de seguranças. Na figura 2, propõe-se uma saída da estação do Lumiar no cruzamento entre a Av. Carlos Paredes e a Rua Helena Vaz da Silva, com uma distância de 590 m da atual saída da estação de metro do Lumiar (na Estrada da Torre). Na figura 3, propõe-se uma saída da estação da Ameixoeira na Avenida Sérgio Vieira de Mello. Apesar da maior distância percorrida subterraneamente (800 m), creio que esta saída iria beneficiar grandemente esta região da Alta, nomeadamente a nível de serviços, de valorização imobiliária, e acima de tudo de acessos à rede de transportes públicos (que atualmente é demasiado parca para a população existente). Contudo, outras localizações poderão ser estudadas, nomeadamente a rotunda no final da Av. Nuno Krus Abecassis (585 m) (Figura 4) ou outras. Vamos maximizar o potencial deste novo bairro de Lisboa!

Local

Alta de Lisboa

Documentos

Documento
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Resultado da Avaliação Técnica

Proposta Rejeitada