A Casa dos Pianos
Descrição
Objectivo: Requalificar um prédio urbano devoluto, totalmente municipal, numa área central de Lisboa e transformá-lo num espaço municipal de lazer e produção artística e experimentação musical, auto-sustentável, do qual todos possam usufruir. A sugestão do imóvel da Rua Áurea é meramente indicativa podendo ser outro (por ex. O da Travessa de Conde de Soure 16-20, também seria viável).
A ideia é recuperar um dos muitos edifícios devolutos da baixa e transformá-lo num local com muitas salas insonorizadas e climatizadas à disposição de serem reservadas por quem o desejar de forma livre. Estas salas podem servir para estúdio, lazer, ensaios, etc.
A verdade é que muitos jovens de Lisboa não têm fácil acesso a salas de ensaio ou mesmo espaços para estudo no Inverno, à noite, ou fora do âmbito de instituições. Alguém que queira, por exemplo, juntar-se com os amigos para ensaiar ou fazer uma gravação caseira e não pertencer a um conservatório está muito limitado.
A ideia era trazer uma mistura das salas de ensaio que existem, por exemplo, na universidade do Texas em Austin, onde mais de 50 pianos estão disponíveis, com as instalações "play me, I'm yours" do Luke Jerram, que têm sido um sucesso por esse mundo fora.
Ter pianos de forma permanente disponíveis para as pessoas de Lisboa poderia ser um sonho. O piano por ser o instrumento mais completo, e também por ser muito resistente e não ser facilmente deteriorável havendo uma utilização minimamente responsável. Com as tecnologias hoje em dia existentes, isso possibilitaria que uma pessoa qualquer com um laptop ou uma câmara de telemóvel, possa, por exemplo, ir experimentar compôr, tocar, e criar música se lhe apetecer a meio da tarde. Ou juntar um amigo com uma guitarra e fazer uma sessão. Ou simplesmente ir estudar. Ou juntar uns amigos numa mini festa privada com cantorias.
E não é complicado. É apenas preciso um edifício e insonorizar e climatizar as salas, e equipá-las com pianos e alguns puffs, bancos e afins.
Teria de haver casas de banho, públicas no local.
Conjuntamente haveria um bar/cafetaria no local, explorado pela CML ou concessionado, que pudesse trazer receitas para sustentar o edifício e a sua manutenção.
Teria de segurança/porteiro que aceitasse e gerisse as reservas das salas e controlasse entradas e saídas das pessoas. Tal como um posto qualquer de biblioteca, ludoteca ou de computadores de uma junta de freguesia, teria de haver regras precisas. Ninguém poderia aceder ao edifício sem deixar a identificação na portaria. Haveria limite de tempo e pessoas para as salas e responsabilização dos utilizadores por estragos causados.
Deveria haver uma percentagem para reservas prévias com limite de utilização pelo responsável (para evitar abusos e permitir o bom uso de todos os cidadãos), bem como outra percentagem para marcações no local por ordem de chegada.
O princípio básico seria o mesmo de uma biblioteca ou ludoteca. Apenas que em vez de computadores, ou livros, ou salas de estudo vazias, estas teriam um piano em cada uma, abrindo múltiplas possibilidades de criação e de um espaço de confraternização inovador numa cidade que se quer cada vez mais aberta à cultura.
Local
Rua Áurea, 193-203
Resultado da Avaliação Técnica
Proposta
Aprovada
A proposta uma vez aceite, deu origem ao projeto que apresentamos abaixo. Quaisquer mudanças em relação à proposta original foram trabalhadas junto do preponente e com as entidades competentes.