Valorização do Eixo das Grandes Avenidas
Descrição
Valorização do Eixo das Grandes Avenidas
Restauradores / Av. da Liberdade / Av. Fontes Pereira de Melo / Saldanha / Av. da República / Campo Pequeno / Entre Campos / Campo Grande
Face ao investimento que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a realizar no espaço público do Eixo das Grandes Avenidas, pretende-se com a presente proposta contribuir para a valorização da sua envolvente edificada. Uma oportunidade de satisfazer as necessidades da população residente bem como de um turismo qualificado que procura neste eixo um contraponto à cidade dita histórica, habitualmente mais divulgada.
Com génese na segunda metade do século XIX, e tendo por inspiração os boulevards hausmanianos parisienses, a Lisboa de Ressano Garcia rompeu com a tradição secular de uma cidade que crescia paralela ao rio expandindo-se agora para Norte. As classes burguesas construíram aqui os seus prédios de rendimento e palacetes. Apesar de muito de este património ter já desaparecido, existem ainda alguns testemunhos desse período que urge proteger, conservar, valorizar e divulgar.
Assim, mais do que investir em “animação” – que a cidade oferece já abundantemente - propõe-se, como alternativa, apostar na rentabilização da oferta patrimonial e cultural que este eixo tem para oferecer se for devidamente explorado.
A descompressão da Baixa-Chiado e dos bairros históricos limítrofes – para além de Belém e Expo – é necessária e urgente.
A concretização deste projecto necessita do envolvimento das entidades públicas e privadas que detêm os equipamentos – edifícios, jardins, etc. - designadamente da CML (Direcção Municipal de Cultura, EGEAC , ...), Instituto Camões, Metropolitano de Lisboa, etc., etc.
Pretende-se um diálogo permanente entre todos os responsáveis pelos equipamentos culturais do Eixo das Grandes Avenidas definindo prioridades e necessidades, articulando programações, acções de promoção e divulgação etc..
Fora deste eixo ficam ainda dois museus nacionais (Museu do Traje e Museu do Teatro) e o Parque do Monteiro Mor, com cerca de 11 hectares, que devem igualmente ser integrados nesta proposta, sendo prioritária a resolução da questão do acesso (navette Museus Zona Norte).
Segue-se uma listagem, certamente incompleta, do muito que este eixo tem para oferecer e algumas propostas para a sua valorização.
Alguns dos palacetes assinalados neste percurso estão há muito devolutos. Poderiam albergar projectos semelhantes aos que foram concretizados no Palácio Quintela-Farrobo, no Chiado (restauração), ou no Palacete Ribeiro da Cunha, no Príncipe Real (lojas e restauração). Sempre soluções reversíveis que permitam a manutenção das arquitecturas sem as desvirtuar.
As visitas guiadas a estes e outros espaços – a realizar em ocasiões a definir – deverão ser sempre realizadas por guias com formação, especializados no património deste Eixo.
Local
Dos Restauradores ao Campo Grande
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