Pedonalização parcial da Rua dos Bacalhoeiros
Descrição
Considerando que:
1. A Rua dos Bacalhoeiros, apresenta-se hoje como um forte e inegável eixo comercial, cultural e de passagem de fluxos turísticos pedonais da cidade de Lisboa, de grande relevância e dinamismo na Freguesia de Santa Maria Maior, fazendo a ligação entre a parte baixa de Alfama, o Campo das Cebolas e a Baixa Pombalina.
2. A relevância da Rua dos Bacalhoeiros como eixo comercial e cultural tem vindo a crescer e a sedimentar-se ao longo de décadas, sendo hoje uma rua com elevada oferta de restauração e comércio de tradição (Conserveira de Lisboa; Maria Catita-Produtos Regionais; entre outros).
3. De acordo com o ?Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, Volume 2, Via Pública?, e na avaliação que é realizada sobre o ?Potencial Pedonal na Unidade de Intervenção Territorial ? UIT Centro Histórico?, destaca-se o caso da Rua dos Bacalhoeiros, classificada com um potencial pedonal a cor laranja, isto é, ?alto? ou mesmo ?muito alto, se considerarmos os pólos geradores de fluxos pedonais ligados ao transporte público e ao turismo existentes nesta Freguesia, como são: a Estação Fluvial Sul e Sueste, o Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia, as estações de metropolitano/comboio de Santa Apolónia e de metropolitano do Terreiro do Paço, ou ainda a Fundação José Saramago (Casa dos Bicos), o Museu do Fado, o Museu Militar, o Lisboa Story Centre (Terreiro do Paço), o Arco da Rua Augusta ou o Museu do Design e da Moda (MUDE).
4. Em 2005, foi tentada uma acção de semi-pedonalização, a qual resultou muito insatisfatória, e sobretudo muito aquém do potencial pedonal e comercial que a Rua dos Bacalhoeiros possui hoje como eixo de restauração, de passagem e estadia de fluxos pedonais. Na realidade, persistem hoje, e de forma agravada, as graves situações, marcantes e recorrentes, de estacionamento ilegal, quer seja por estacionamento abusivo de viaturas em cima dos passeios, a menos de 5 metros dos cruzamentos e entroncamentos (Rua da Padaria) ou repetidamente em segunda fila, criando graves entraves e problemas à circulação de peões, com destaque para os cidadão com mobilidade reduzida, ou mesmo para os veículos que no sentido descendente da Rua da Padaria, desejam virar à direita para seguir as direcções de Rua da Alfândega ou Rua do Comércio.
5. De facto, neste arruamento afunilado, sem vocação de estacionamento automóvel em superfície, ou de distribuição de fluxos de trânsito, existem, contrariamente a isso, todas as condições para poder oferecer aos cidadãos e visitantes de Lisboa, importantes ganhos de espaço público, de convívio, de passagem e permanência, nos quais os restaurantes, as esplanadas e restantes lojas de comércio tradicional e outro, desempenham um papel fundamental para a dinamização económica e turística da Freguesia de Santa Maria Maior.
6. Acresce ainda, que é da legítima e determinada vontade de TODOS os comerciantes da Rua dos Bacalhoeiros, que esta rua se transforme num arruamento pedonal ainda mais vivido pelos cidadãos e visitantes de Lisboa, entre a esquina com a Rua da Padaria e a Casa dos Bicos (Fundação José Saramago), desviando para tal o trânsito automóvel apenas para a direita, no final sentido descendente da Rua da Padaria.
Esta ideia não é nova, mas nunca como hoje ela foi tão acarinhada e defendida!
Liberte-se a Rua dos Bacalhoeiros e ofereça-se importantes ganhos de espaço público de qualidade numa zona tão nobre da Baixa Pombalina e com inegável vocação pedonal como eixo de passagem e de estadia para lisboetas e visitantes de todo o Mundo!
Roga-se a aprovação desta ideia.
Local
Rua dos Bacalhoeiros (entre o entroncamento com a Rua da Padaria e a Casa dos Bicos)